quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Carnaval, Brasil e todo mundo, menos um.

Se todo carnaval tem seu fim, o meu chegou a tempo. Tudo que passou foi aproveitado dentro do seu limite. Nos dias de hoje, o meu carnaval tem o significado de um dia que precede o outro, ou seja, nada a mais que dias normais. A explicação pra isso tudo pode vir da idade, que vai avançando e a euforia carnavalesca vai sendo proporcionalmente contraria a experiência vivida; pode ser do comprometimento, que antes irrelevante e insignificante, mas hoje, antes de qualquer coisa, é levado a sério, mesmo que alguém não acredite. No momento atualizado, o meu carnaval não teve o fim trágico, teve o fim teórico e talvez tivesse o fim explosivo que você esperava, mas essa explosão deu lugar a um sentimento nunca imposto. Carnaval não é mais deslumbre, carnaval é visão, paciência e emoção, passei meu carnaval com uma tradução inédita e uma percepção romântica, por isso todo carnaval tem seu fim e também tem seu inicio e meio.

Se todo carnaval acaba numa quarta feira de cinza, me abstraio do religiosismo por um instante e sugiro que a vida se torne, ao invés de cinzenta, mais amarela, vermelha ou azul. E com isso, todos podem conquistar as diversas cores sem nos privar de nada, absolutamente de nada. Se a carne é pecadora, por que não pecar hoje? Se a abstinência é a salvação porque se abster somente nos quarentas? Minha cultura impõe respeito pelos outros, mas não impõe respeito por minhas convicções.
Pensar e refletir me faz bem, pelo menos enquanto a terra não pára!

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