segunda-feira, 25 de abril de 2011

Hoje e amanhã





Peco como nunca mais pequei, planto e colho as flores da primavera passada, os cheiros não existem, os olhos não abrem por completo. O céu acinzentado, a névoa fria e intermitente. As formigas fazem suas casas em outro locais, as 4:16 da tarde. A música vem em outra língua. A larva devora com a mesma pressa que você anda pelo centro da sua capital, questão de sobrevivência e de sapiência. São Francisco encanta os devotos, os mortos estão na moto caindo perto pelo precipício. Coisas distintas em fases iguais, tudo encana e encanta, a moeda tem vários lados e o dado de 6 lados para sempre no ímpar. Se as coisas acontecem assim é porque as coisas acontecem assim. A luz acesa, a conta do mês, o combustível a 3 e a vontade de chegar lá. E tudo vai acontecendo e a gente vai morrendo, ou mudando, ou vivendo, ou nascendo, enquanto isso a Terra não Para.

sábado, 23 de abril de 2011

A verdade do Sol



O sobe e desce das almas, entre o purgatório e o olimpo. O trânsito fica pesado quando ocorre essa transgressão, ninguém mais sabe onde fica e para onde vai. As coisas certas e outras erradas fazem o caminho se abrir ou fechar, depende do labirinto que você traçou. A verdade se torna mentira e a mentira do dia é falar em ser Eu, mas tudo que você quer é que o Eu seja Você. O mito ficou pra traz, a Realeza ficou pra traz, agora existem almas sem almas, agora são vidas sem serem salvas. O sinal continua vermelho e o trânsito continua pesado, vou chamar o guarda, o guarda segredos e contar a ele todos os males que existem. Somente assim livraremos do mal.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Real ou não?



O eco na sala, o zumbido bem lá no fundo do ouvido, o estridente choro agudo, a fala confusa e continua, o sons se confundem na mente. A pausa e a pergunta. O Otávio é só banho? De volta a terra! Ufa! Pensei que era outro planeta. De volta à vida real. Corre, anda, atende, fala, fala, fala e senta.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Transparência?


Na hora do almoço, em frente ao vidro transparente, vejo todos os transeuntes passando com a pressa que eu também tenho. Indo e vindo, de um lado e de outro; direções contrárias e cabeças ao avesso. Não tenho muita condição de entender essa vida que só leva as pessoas ao extremismo de pensar em correr, trabalhar, ganhar e morrer. Queria que todos fossem em uma só direção, a direção do amor, do prazer da vida. Viver bem é meu primeiro partido político, tenho outros também, só sei que a esquerda não me atrai.