quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O som da meia noite


Enquanto o ponteiro dos segundos teima no seu sentido circular e homogêneo, o mundo despreza toda essa voracidade e parte pra individualidade coletiva. Essa é a nova fase. Como se fosse um vídeo game dos aos 80 em que a transformação dependesse somente de tudo aquilo antes ocorrido. O presente se tornou o passado antes mesmo do hoje acontecer, o futuro antes lembrado como uma hipótese, hoje se tornou o presente; e o que virá depois? Não temos designação, nem palavras escrita no Aurélio para poder nos mostrar o que vem depois do futuro, somente a certeza de que não será mais o futuro. O intercambio interpessoal se tornou tão avassalador, que o pensamento individualista se camufla com a individualidade dos outros. Ninguém mais sabe o que quer, nem o que fazer. A identidade foi perdida. O futuro foi exterminado.