quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Eis a questão

Por que será que o mundo é assim? Esse teor contestador, não existe só em mim. Quantas vezes nos pegamos com o X da questão no nosso pensamento. Em qualquer coisa que olhamos a pergunta está incrustada na primeira fala. Por quê? (o porquê tem um significado tão amplo que não consigo achar palavras para definir a profundidade desses porquês). Eis a questão, eu me pergunto. Muitas vezes esse porquê não achará resposta, ou simplesmente terá uma resposta somente pra ter, ou ainda, poderá ter respostas, pelo simples motivo de ser mais uma, sem sentindo ou direção, somente uma resposta sem a noção de onde veio e pra onde vai. Existem coisas que jamais terão uma simples resposta. Nada tem um só lado, as vertentes vão e vem e caem por barranco abaixo, desmoronando respostas feitas e construindo frases novas. Vida! Será você uma pergunta com muitas respostas ou uma pergunta respondida aos pouquinhos.
Por que uns vivem e outros sobrevivem. Porque existem diferenças raciais, diferenças de classes, diferenças de diferenças, diferenças e diferentes. São coisas que não sabemos o porquê, mais no fundo de toda essa duvida, o porquê sempre aparece; nem sempre aparece com palavras claras e fáceis de serem entendidas, aparecem em gestos, aparece em flores, aparecem em cores, podem vir em sons, muitas vezes aparece em sonhos. Filosofar sobre as diferenças me parece fazer entender mais sobre elas, ou não. Vamos comemorar as diferenças boas e nos entristecer com as diferenças desnecessárias. Enquanto isso a Terra não pára.

Um comentário:

  1. “Por quê”? Parece que Descartes já não é mais pensado como inerte a nossa essência, parece que o desejo de saber a lógica e o sentido de tudo é de nossa condição de existir. Perguntaremos-nos sempre sobre o porquê de tudo, como se o axioma: “não existe efeito sem causa”, fosse uma herança fundamental de algum lugar de onde viemos. Bem, penso que até mesmo os mais ortodoxos psicanalistas, subjugados em suas posições frente ao mundo pela referida máxima, hipócritas em relação a própria falta, deveriam aceitar que nem sempre há o porquê, pois talvez não temos condições senso perceptivas ou do âmago do nosso ser para saber todos os porquês... Entretanto, acolho a reflexão de Frederico, pois ao menos com relação ao que escolhemos ou buscamos devemos ter uma noção de nosso por que! Allan G.

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