segunda-feira, 25 de abril de 2011

Hoje e amanhã





Peco como nunca mais pequei, planto e colho as flores da primavera passada, os cheiros não existem, os olhos não abrem por completo. O céu acinzentado, a névoa fria e intermitente. As formigas fazem suas casas em outro locais, as 4:16 da tarde. A música vem em outra língua. A larva devora com a mesma pressa que você anda pelo centro da sua capital, questão de sobrevivência e de sapiência. São Francisco encanta os devotos, os mortos estão na moto caindo perto pelo precipício. Coisas distintas em fases iguais, tudo encana e encanta, a moeda tem vários lados e o dado de 6 lados para sempre no ímpar. Se as coisas acontecem assim é porque as coisas acontecem assim. A luz acesa, a conta do mês, o combustível a 3 e a vontade de chegar lá. E tudo vai acontecendo e a gente vai morrendo, ou mudando, ou vivendo, ou nascendo, enquanto isso a Terra não Para.

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